terça-feira, 19 de junho de 2012

Legado de ciclismo para o município de Rio das Ostras



Em novembro de 2011 aconteceu em Rio das Ostras o ROXCO, cujo nome oficial é Rio das Ostras Cross Country de Circuito. É uma competição de ciclismo off road onde as bikes se aventuram por trilhas técnicas dando voltas em um circuito fechado. Um esporte de extrema força, equilíbrio e adrenalina.


Somente os pilotos que suportam um ritmo cardíaco intenso, que controlam seu emocional e têm também um bom controle sobre sua estrutura muscular se habilitam a enfrentar esse esporte.
Pedalar já exige do atleta. Em trilhas, mais ainda.
Um grupo de ciclistas da cidade, denominado BikeRO, liderados por Marcio Gripp, que detém muitos títulos no Mountain Bike, começou a desenhar um trajeto dentro do Tayra Eco Parque no Mar do Norte. A reserva particular já era conhecida por caminhantes e amantes da natureza. Com a ampliação das trilhas pela BikeRO o local começou a ser freqüentado também pelos ciclistas que procuravam altos desafios para seu treinamento.
Percebendo que nesse local havia mais do que treinamento, o grupo resolveu se organizar e procurar incentivo empresarial e municipal para produzir um evento na cidade nessa modalidade.
Enquanto Secretário de Turismo, recebi os integrantes da BikeRO e conheci Eduardo Almeida que atualmente é comunicador do grupo e é representante da Fecierj (Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro) no município. Cumpriram todas as exigências para aprovação de um projeto na Prefeitura e passou pelo crivo do Prefeito Carlos Augusto que autorizou o evento.
Na data do evento, dia 09/10/2011, toda a estrutura estava montada e o evento foi realmente uma festa bem maior que o esperado.


Até mesmo o próprio presidente da Fecierj, Cláudio Santos, esteve presente. É ele o idealizador do Tour do Rio que também passou por Rio das Ostras e foi recebido pela Secretaria de Turismo. Tanto o Tour do Rio quanto o ROXCO atraiu mídia televisiva e os jornais com maior divulgação da região. Levando sempre a imagem e nome de Rio das Ostras para todos os lugares


De igual maneira, a Secretaria de Turismo abraçou eventos ligados ao ciclismo como o Audax, que já se encontra no segundo ano sendo um sucesso entre os iniciantes do esporte, por se tratar de um esporte de superação. Através da Pedal 2, Tiago Gomes desempenhou um papel muito importante levando Rio das Ostras para o conhecimento de todo o Brasil em provas de randonneur;


Os projetos de ciclismo, hoje em dia, estão ligados ao esporte tanto quanto ao turismo. É impossível separar um do outro. Os praticantes do ciclismo, seja qual vertente for, são pessoas que se deslocam com facilidade, saindo de suas cidades e indo prestigiar os eventos relacionados em outros municípios. É um movimento que oferta sempre em épocas de baixa temporada, recursos para pousadas, hotéis e restaurantes da cidade onde ocorre essas competições ou eventos.
Em uma época onde o ciclismo tem estado tão evidente, os projetos do Governo Federal e Estadual estão voltados para o esporte e também para a mobilidade urbana. Estreitar os laços com o ciclismo através de eventos e competições, além de promover o esporte e o turismo, evidencia e prepara a cidade para receber incentivos em prol também da mobilidade urbana.




Rio das Ostras que tem uma frota exemplar de bicicletas, certamente será foco de investimento no vetor urbano.
Uma das últimas ações, enquanto Secretário de Turismo, foi levar a conhecimento do Prefeito Carlos Augusto uma grande oportunidade para Rio das Ostras, para entrar de vez no espírito do ciclismo: sediar uma competição de nível internacional.
A pista do Tayra Eco Parque foi selecionada pela Fecierj como uma das poucas do Estado com capacidade técnica para ser palco de uma competição que seja a definição para os atletas brasileiros que vão representar o Brasil nas Olimpíadas de Londres 2012.
Um evento com supervisão também da CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) e da UCI (Union Cyclist International – União Ciclística Internacional), instituição máxima do ciclismo no mundo. Certamente, é um evento que vai atrair atletas de várias partes do Brasil e também do exterior.
Além do aspecto esportivo, o turístico mais uma vez se manifesta. A oportunidade de ciclistas brasileiros estarem em contato com atletas internacionais promove uma integração forte em benefício do esporte. A mídia municipal mais uma vez poderá ser inserida em todos os canais de comunicação referente a bicicletas esportivas, em tv, jornais, revistas e rádio.
Com a chegada dessa importante prova em terras riostrenses, pode estar surgindo um precedente para entrar no calendário de eventos da cidade.
O projeto estará em continuidade através do sucessor na Secretaria, Elvis Minguta, e certamente com total aprovação mediante todos os benefícios que serão alcançados, seja em mídia, turismo ou esporte.
Este legado de apoio ao esporte certamente nunca será esquecido.
Além do prazer que a bicicleta oferece, liberdade e vento no rosto, por trás do nome “ciclista” sempre vamos ter um trabalhador indo à labuta, temos empresários conscientes, médicos, engenheiros, arquitetos, professores, estudantes, jovens… temos a sociedade!

Blog da BikeRO: http://bikeriodasostras.blogspot.com






sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rio das Ostras Jazz e Blues Festival.




Um dos eventos mais importantes da música em todo o mundo acontece em quatro palcos ao ar livre. O festival é gratuito e abriga grandes nomes do jazz e do blues

Uma ideia que poderia parecer ilógica acabou criando um dos eventos mais importantes da música em todo o mundo. Em 2002, o empresário Stênio Mattos sugeriu à Prefeitura de Rio das Ostras, cidade da Região dos Lagos do Rio, a criação de um festival gratuito que abrigasse grandes nomes do jazz e do blues. Assim nascia o Rio das Ostras Jazz e Blues Festival.

“O projeto começou em 2002, quando estive em Rio das Ostras, levado pelo secretário de turismo da época, que era meu amigo de infância e amante de música instrumental. Resolvemos fazer um projeto chamado Rio das Ostras Instrumental, que uma vez por mês (aos sábados), traria shows de música instrumental ao ar livre. Ficamos 2 anos fazendo isso, com nomes como os de Mauro Senize, Victor Biglione e Paulo Moura. Em 2003, evoluímos para um festival. No primeiro ano fizemos em janeiro, com um palco na Costa Azul e outro no Mar do Norte. Nesse primeiro momento já conseguimos reunir mais de 5 mil pessoas nos shows”, explica Stênio.

O início tímido não dava pistas de que, dez anos depois, o festival pudesse ganhar o tamanho e o prestígio alcançados em 2012. Hoje o evento conta com cinco palcos - Praça de São Pedro, Lagoa de Iriry, Praia da Tartaruga e Costa Azul - e reúne 29 shows gratuitos durante cinco dias (este ano de 6 até 10 de junho). As atrações dessa edição comemorativa incluem nomes que já fizeram história no festival, como Celso Blues Boy, Roy Rogers e Nike Stern, além de artistas que fazem a sua estreia em território nacional, como o saxofonista David Samborn e os brasileiros Hélio Delmiro e o grupo Cama de Gato.

“O início foi difícil, mas agora já somos considerados um dos 20 maiores e mais importantes festivais do mundo pela revista Downbeat, uma das publicações mais conceituadas da música. Além disso, já somos um evento oficial do Estado do Rio e a cidade recebeu o título de Capital Oficial do Jazz e Blues do Rio”.
A programação, que durante o passar dos anos também passou a incluir MPB e outras tendências, é uma preocupação constante dos organizadores.

“A gente procura sempre ter uma divisão entre jazz e blues, mas depende muito da agenda dos artistas. Também recebemos vários pedidos de gente que já se apresentou e quer voltar a tocar aqui. O que a gente quer é sempre ter uma seleção de músicos e gêneros que abranja todas as tribos”, explica Big Joe Manfra, guitarrista de blues que também trabalha na produção do Festival.

Mais de 10 mil pessoas por dia

O tamanho do evento impressiona. São mais de 10 mil pessoas por dia – vindos de várias partes do País – circulando pelos quatro palcos do evento. Se o palco da Costa Azul conta com uma infraestrutura de 1º mundo - com praça de alimentação composta por 25 restaurantes e bares, 12 pontos de venda de produtos artesanais da cidade, CDs, revistas e camisetas e telão que transmite os shows ao vivo, além de um espaço para a apresentação de bandas locais -, o da Praia da Tartaruga é o que conta com o visual mais deslumbrante. O palco é montado sobre uma pedra praticamente dentro do mar e os shows acontecem durante o pôr do sol, sempre recebendo elogios dos artistas e do público.

“Acho que chegamos à fórmula certa. Talvez no futuro possamos pensar em aumentar o festival para duas semanas, mas não temos nenhuma grande mudança planejada. O importante é manter a qualidade do festival”, completa Stênio.

Bastidores

Ao contrário do que acontece com muitos dos grandes astros do rock e pop que passam pelo Brasil com uma série de exigências que tiram o sono dos promotores e organizadores dos shows, a grande maioria dos músicos que passam por Rio das Ostras parece entrar no clima de camaradagem, confraternização e descontração dos brasileiros.

“Todos os músicos ficam hospedados no mesmo hotel da produção e onde também fica a imprensa. Não é incomum acordar com alguém tocando violão, baixo ou sax no saguão. Também não são incomuns as jams durante a tarde ou os papos informais entre astros e repórteres. Nunca tivemos qualquer problema com pedidos absurdos.”, conta Manfra.

Não são raros os casos onde participações especiais nos shows uns dos outros são combinadas durante os momentos de lazer antes das apresentações.

Os astros

Para seduzir o público local, das cidades vizinhas e de outras partes do Brasil, os organizadores jogaram pesado. Já passaram pelos palcos do Rio das Ostras Jazz e Blues Festival nomes como, John Mayall & The Bluesbreakers, Stanley Jordan, Mike Stern, John Scofield, Magic Slim, Ron Carter, Russel Malone, T.M. Stevens, John Hammond, Coco Montoya, Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Naná Vasconcelos, entre muitos outros.

E, se o público aprendeu a gostar da seleção musical que foge do comum em termos de Brasil (nada de samba, pagode ou sertanejo), os artistas também parecem ficar encantados com o que encontram por aqui.

“Nunca pensei que pudesse fazer uma festa tão grande em um festival de jazz no Brasil. O público é fantástico e a energia incrível”, disse T. M. Stevens, após sua explosiva apresentação em 2010.

“Não sabia que havia tanta gente que gosta de blues assim no Brasil. Foi uma das melhores apresentações que já fiz. O público e a beleza da vista foram o que nos fez tocar tão bem”, contou Coco Montoya após terminar seu show na Praia da Tartaruga, em 2009.

“O povo brasileiro é muito musical e consegue apreciar desde uma música mais complexa como a minha até temas mais populares. Isso me deixou encantado”, confidenciou o simpaticíssimo Ron Carter.

Para a edição 2012, a escalação conta com astros do calibre de Mike Stern e Romero Lubambo, Michael Hill, Celso Blues Boy e Roy Rogers (considerado o show de blues mais eletrizante da história do festival), David Sanborn, o guitarrista Duke Rubillard, além de brasileiros como Maurício Einhorn.

Programação

DIA 06 de junho - Quarta

COSTAZUL 20 horas

Orquestra Kuarup

Big Band 190

Hélio Delmiro

Celso Blues Boy

DIA 07 de junho - Quinta

PCA SÃO PEDRO 11h30

Gabriel Leite

IRIRY 14h15

Celso Blues Boy

TARTARUGA 17h15

Mike Stern / Romero Lubambo

COSTAZUL 20 horas

Plataforma C

Maurício Einhorn & Grupo

Kenny Barron

Michael Hill

DIA 08 de junho - Sexta

PCA SÃO PEDRO 11h30

Big Bat Blues Band

IRIRY 14h15

Roy Rogers

TARTARUGA 17h15

David Sanborn

COSTAZUL 20 horas

Armand SabbalLecco

Duke Robillard

Mike Stern / Romero Lubambo

Big Time Orchestra

DIA 09 de junho - Sábado

PCA SÃO PEDRO 11h30

Artur Menezes

IRIRY 14h15

Michael Hill

TARTARUGA 17h15

Armand SabbalLecco

COSTAZUL 20 horas

Cama de Gato

Billy Cobham

David Sanborn

Roy Rogers

DIA 10 de junho - Domingo

PCA SÃO PEDRO 11h30
Fabiano de Castro

IRIRY 14h15

Duke Robillard

TARTARUGA 17h15

Billy Cobham